Juiz reduz ajuda mensal da Vale para índios do PA

Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 14 (Reuters) - 21/12/2006
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O juiz federal de Marabá, no Pará, Carlos Henrique Haddad, decidiu cortar parte da verba destinada mensalmente pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) à tribo dos Xikrins do Cateté e Djudjekô no estado do Pará após identificar erros na prestação de contas feita pela Funai. Obrigada pela Justiça a continuar depositando a ajuda mensal, cortada pela mineradora depois que os Xikrins invadiram instalações da companhia em Carajás, a Vale havia alertado que a Funai não estaria "cumprindo seu papel institucional", como repetiu algumas vezes o presidente da empresa, Roger Agnelli.
De acordo com o advogado da Vale Gerson Rêgo, o juiz não aceitou várias notas fiscais entregues pela Funai para a liberação dos recursos depositados sub judice por erros no preenchimento e encontrou gastos fora do propósito da ajuda, como fretamento de avião, compra de alto-falantes e som MP3 para automóveis, gastos com auto-escola, pizzarias, churrascarias, entre outros despesas.
"O acordo da Vale é de que os recursos sejam destinados para saúde, educação, manutenção da cultura e vigilância", explicou o advogado. Como conseqüência pelo não cumprimento do acordo, o valor do depósito, de R$ 569 mil por mês, foi reduzido em novembro para R$ 300 mil, informou Gerson Rêgo.
O advogado disse ainda que a Vale está renegociando normalmente os contratos de ajuda a outras tribos do País para o próximo ano, mas com os Xikrins a situação deve continuar sendo acompanhada pela Justiça, já que a empresa "não aceita chantagens".
Os Xikrins invadiram as instalações de Carajás em outubro danificando a unidade da companhia e causando prejuízos de US$ 10 milhões pela suspensão do embarque de 650 mil toneladas de minério de ferro.
kicker: As verbas mensais foram reduzidas de R$ 569 mil para R$ 300 mil após identificar erros na prestação de contas feita pela Funai
PIB:Sudeste do Pará

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