Funai vai mandar equipe para negociar desocupação de fazenda

Correio do Estado correiodoestado.com.br - 25/11/2017
A coordenação regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Campo Grande vai enviar equipes para a fazenda Baía da Bugra, em Porto Murtinho, ocupada por indígenas kadiwéu deste a última quarta-feira (22).

De acordo com o coordenador na Capital, Paulo Rios Júnior, uma diligência vai até o local na segunda-feira (27) a fim de iniciar novas tratativas para a desocupação da área. O responsável pela Funai alega que apenas uma fazenda foi tomada pelos kadiwéu, que protestam contra a demora da Justiça em definir posse das terras.

"Não existem mais fazendas invadidas. Até por causa da forma irresponsável que os proprietários estão agindo, falando na imprensa, não houve sucesso na desocupação até agora", conta.

A reportagem não encontrou fazendeiros, seus advogados e o Sindicato Rural de Porto Murtinho até o fechamento desta matéria. O Sindicato Rural de Corumbá, vizinha à Porto Murtinho, alega que não foi procurado a respeito da ocupação.

A Baía da Bugra é uma das 23 propriedades em litígio que já dura 33 anos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estas áreas estão registradas em nome da União, mas são ocupadas por particulares, que exploram a criação de gado de corte.

CASO

A Terra Indígena Kadiwéu soma 538.536 hectares e foi demarcada, homologada e registrada em 1984. No mesmo ano, proprietários que se encontravam dentro dos limites do território ajuizaram ação para reivindicar posse de 23 fazendas. O processo foi encaminhado em 1987 ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O STF devolveu a ação para a Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, que, em outubro de 2012, concedeu liminar aos pecuaristas e expediu reintegração de posse para 11 das 23 propriedades ocupadas.

Segundo a Funai, aproximadamente 2 mil indígenas vivem no território kadiwéu.



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PIB:Mato Grosso do Sul

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