Agenda prevê visita a três acampamentos indígenas nesta terça-feira (27).
Na quarta-feira (28), os procuradores estarão em Campo Grande.
Uma comissão do Ministério Público Federal (MPF) está em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (27) para avaliar a situação de comunidades indígenas que vivem em áreas de conflitos agrários na região sul do estado. A agenda do grupo prevê visitas a três acampamentos. Segundo o MPF, a comissão é formada pela procuradora dos Direitos do Cidadão, Gilda Pereira de Carvalho, e por outros cinco procuradores.
saiba mais
Tribunal derruba ordem para retirada de índios de fazenda em Iguatemi
'Morreremos por nossa terra', dizem índios guarani-kaiowá
Defesa vai contestar decisão e pedir retirada de índios de fazenda em MS
Disputa entre índios e produtores rurais em MS é histórica; entenda
Os procuradores visitam os índios da comunidade Pyelito Kuê, que ocupam dois hectares da fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande. Em setembro deste ano, a Justiça Federal determinou, em caráter liminar, a reintegração de posse da área. Por conta da decisão, os indígenas chegaram a divulgar uma carta em que anunciavam morte coletiva no caso de tentarem retirá-los das terras. A liminar foi suspensa até a conclusão dos estudos antropológicos do local.
Em Paranhos, 477 km de Campo Grande, os procuradores visitam a comunidade indígena Ypo'i. Na última semana, índios denunciaram suposto envenenamento do córrego que serve como a única fonte de água potável das famílias. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No acampamento vivem aproximadamente 200 índios. Em 2009, dois professores da comunidade Ypo'i desapareceram depois de um ataque à comunidade. Um deles foi encontrado morto dias depois, e o outro continua desaparecido.
Ainda em Paranhos, a comissão visita índios da comunidade indígena Arroio Korá. Eles ocupam, desde setembro deste ano, uma área de aproximadamente mil hectares de uma fazenda localizada no município. Os índios reivindicam a conclusão do processo demarcatório Terra Indígena Potrero Guassu, que foi declarada como território indígena em 13 de abril de 2000, por meio da Portaria no 298.
Na quarta-feira (28), os procuradores do MPF se encontram com a Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (Copai) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), em Campo Grande, na sede da Seccional.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/11/procuradores-visitam-areas-de-conflito-entre-indigenas-e-produtores-em-ms.html
PIB:Mato Grosso do Sul
Áreas Protegidas Relacionadas
- TI Potrero Guaçu
- TI Arroio-Korá
- TI Bacia Nhandeva-Pegua
- TI Iguatemipeguá I
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.