A situação das comunidades indígenas em todo o Estado é crítica, segundo afirmou ontem o coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mário Nicácio Wapichana, que fez um sobrevoo no Estado junto com o administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Gonçalo Teixeira.
Comunidades na região do Município de Normandia são as mais atingidas, a nordeste do Estado, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. O prefeito de Normandia, Orlando Justino, também fez o sobrevoo para ter a dimensão do problema.
As águas isolaram as aldeias do Gavião, na região do Baixo Cotingo, na Raposa Serra do Sol, Darora, na Terra Indígena São Marcos, e Jauari, na Raposa. Nessas localidades ninguém consegue sair ou entrar e as roças, de onde os índios retiram a alimentação básicas, foram destruídas pelas águas, segundo Mário Nicácio
"Queremos que as autoridades façam uma força-tarefa para ajudar essas comunidades", disse o coordenador do CIR, depois de chegar do sobrevoo, no início da tarde de sexta-feira. Ele afirmou que a Funai já tem conhecimento do problema e precisa buscar apoio para auxiliar os índios.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ao CIR que está distribuindo cestas básicas e feijão para as famílias atingidas pelas cheias no interior, mas Nicácio disse que é preciso uma ação maior com todas as autoridades para atender os índios atingidos pelas cheias.
Os relatos de dificuldades dos índios surgiram na reunião de lideranças do CIR, realizada de segunda-feira a quinta-feira em Boa Vista. Eles narraram dificuldades para buscar alimentos e transportar doentes. Em algumas áreas só se chega de avião, pois as estradas estão tomadas pelas águas.
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=110428
PIB:Roraima/Lavrado
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