Vozes dos povos da floresta

O Globo, Amanhã, p. 12-19 - 30/07/2013
Vozes dos povos da floresta
Pouco conhecidos dos brasileiros, cantos milenares e narrativas míticas dos ameríndios oferecem uma outra forma de se relacionar com o Brasil e o meio ambiente

BOLÍVAR TORRES
bolivar.correa@oglobo.com.br

Elas oferecem novas maneiras de pensar, ver e estar no mundo. Transmitidas oralmente de geração em geração, as narrativas míticas ameríndias trazem perspectivas poéticas e filosóficas sobre a formação da vida, a relação entre antepassados e espíritos, a convivência harmoniosa com a natureza, além de processos de curas medicinais e registros históricos milenares. Embora tenham muito a nos ensinar, continuam ignoradas pela maioria dos brasileiros, deixadas de lado dos currículos escolares e dos cânones literários. Porém, no momento em que os povos indígenas enfrentam uma batalha decisiva por terras e pelo reconhecimento de seus direitos previstos na Constituição de 1988, linguistas, antropólogos e poetas se esforçam em documentar e traduzir parte dos seus complexos universos narrativos.
Mesmo ainda longe de dar conta da amplitude e riqueza do repertório indígena, a tarefa tem inspirado publicações recentes, que vão desde rigorosos estudos antropológicos (como a série de "Cantos e histórias" das terras indígenas do Pradinho e de Água Boa) a reescrituras feitas por autores brasileiros atuais (o livro "Meu destino é ser onça", de Alberto Mussa). Nos últimos dois anos, os mitos ameríndios figuraram inclusive em duas amplas antologias de poesia nacional publicadas no Brasil ("Poesia.Br", lançado pela Azougue em 2013) e no exterior ("La poésie du Brésil", que apareceu na França no final de 2012 pela Éditions Chandeigne). Se a biodiversidade está ameaçada nos territórios onde estes povos encontram-se isolados, suas memórias e manifestações artísticas, contudo, se mantém ricas e duradouras.
- Ainda são poucas as edições sobre produção ameríndia no país. Temos uma das maiores diversidades linguísticas do mundo, mas nos acostumamos a traduzir apenas os clássicos da literatura ocidental - lamenta o poeta e antropólogo Pedro Cesarino Niemeyer, que acaba de lançar "Quando a Terra deixou de falar" (Editora 34), reunião e tradução de cantos da mitologia marubo. - Traduzir estes repertórios é fundamental para entender melhor o mundo dos indígenas. Saber lidar com eles é saber lidar com o próprio Brasil. É entender que o desenvolvimento não pode ser feito às custas destes povos que já estavam aqui há muito tempo, mas sim a partir deles.
De acordo com Cesarino, no Brasil atual fala-se pelo menos180 línguas indígenas - todas muito pouco traduzidas e publicadas. Partindo do princípio de que cada uma delas contém um mundo e uma estética próprias, é possível imaginar a diversidade poética espalhada pelo país. Suas narrativas míticas são um grande desafio para a crítica literária, já que é muito difícil compreender suas formas de pensamento. Além do mais, elas originalmente não são escritas, mas aparecem sob a forma de cânticos e rituais como danças e performances.

Cultura sustentável
Em quase todas as cosmologias, contudo, existe o que muitos antropólogos defendem como "perspectivismo ameríndio": a ideia de que o planeta é habitado por diferentes espécies de sujeitos ou pessoas, humanas e não-humanas - todas dotadas de pontos de vista, de consciência e de cultura. Ao contrário da lógica ocidental, o homem não é a medida de todas as coisas, e muito menos o dono do mundo. A natureza não é nem unificada nem mostrada de forma objetiva. Trata-se de uma relação entre sujeitos, e não do tipo sujeito-objeto.
No caso dos marubo, um povo altamente perspectivo do Amazonas, os cantos têm uma função diplomática. Fazem a mediação entre as várias humanidades (formados por carcaça e espírito) que estão por trás daquilo que o homem branco costuma enxergar apenas como paisagens. Assim como podemos ver a floresta, ela também pode nos ver, acreditam.
- A floresta, as árvores, os animais, todos eles têm seu próprio ponto de vista - explica Cesarino. - A humanidade está distribuída. Para eles, uma sucuri pode ser gente e uma multidão de araras pode ser um monte de espíritos de povos do ar. O rio, por exemplo, não é apenas um reservatório de água, é a morada em que vive o povo subaquático. Você não pode poluir o rio ou abusar da caça, com o risco de sofrer retaliação.
O conceito de sustentabilidade está no cerne da cultura ameríndia. Nos cantos marubo traduzidos por Cesarino em "Quando a Terra deixou de falar", somos apresentados aos espíritos yoevo - mestres dos animais evocados para propiciar a caça e liberar os animais mantidos em seus domínios. Se a ética da caça for desrespeitada (matar mais do que se pode comer, comer da própria presa, desperdiçar carne, etc), estes espíritos podem simplesmente sovinar os animais, que desaparecem da floresta.
- O pajé ensina que não se pode caçar o povo do mato indiscriminadamente, porque sabe que o chefe do povo do mato pode se vingar de nós - exemplifica Cesarino. - Para explorar a natureza, é preciso todo um cuidado, uma negociação, um diálogo com as diferentes humanidades.
Documentar e traduzir cantos ameríndios não é uma tarefa fácil. Exige tempo e conhecimento de línguas raras. Mas não basta apenas versá-las para o português - é preciso também compreender a complexa cosmogonia dos povos. Daí a importância do tradutor (seja ele antropólogo, linguista ou poeta) estabelecer uma relação de troca e confiança com a comunidade e seu xamã - ou pajé, como também é conhecido.
Espécie de feiticeiro, médico, curandeiro, conselheiro e adivinho dos povos, cabe a ele transmitir as falas e cantos dos espíritos dos animais, das árvores e de outros elementos daquilo que o pensamento ocidental traduz como "natureza". Não por acaso, os indígenas costumam dizer que os xamãs "são como um rádio". Na língua tungúsica, o termo significa "aquele que enxerga no escuro".
Uma corrente mais flexível, porém, acredita que uma tradução de qualidade não depende necessariamente de uma relação direta - ou, como definiriam os pajés marubo, uma "ligação de pensamento" - com os índios. Ao organizar a antologia "Poesia.Br", que contempla cinco séculos de poesia nacional, o editor Sergio Cohn dedicou um volume aos cantos dos povos araweté, bororo, kashinawá e mbya guarani, entre outros. Alguns deles foram traduzidos diretamente com os representantes de cada etnia, outros são recriações feitas por poetas não-indígenas.
- É sempre importante o uso de fontes para as traduções de cantos e mitos ameríndios, mas elas nem sempre precisam ser primárias - opina Cohn, citando o exemplo de Sergio Medeiros, que retrabalhou a "Enciclopédia Bororó", importante coleta salesiana de cantos da etnia, publicada nos anos 60.
Outra questão polêmica diz respeito à forma de publicação destas narrativas. Como transpor para o formato limitado do papel uma arquitetura poética tão alargada, que envolve vocalises, dança e outros rituais? E como apreender a complexa cosmogonia em que estão inseridas? Cesarino prefere publicações acompanhadas de uma contextualização etnográfica, que explique o que os ameríndios "querem com a palavra" e que "contribua para revelar ainda mais a sua originalidade criativa, de modo a reinventar possíveis expressões e ideias do poético". Outros, porém, acreditam que as narrativas podem ganhar uma apresentação livre de explicações etnológicas.

Narrativas do Xingu
É o que fez o tradutor e poeta franco-brasileiro Max de Carvalho, organizador de "La poésie du Brésil" - a mais ampla antologia de poesia brasileira traduzida para o francês. Ao mesmo tempo em que reúne cânones brasileiros, de Anchieta a Drummond, ele incluiu narrativas orais do Xingu, recolhidas durante o século XVI, o século XIX e o século XX. Mas preferiu não exagerar nas notas explicativas, já que, em sua opinião, a poesia faz "suas próprias leis". O mesmo procedimento foi adotado por Cohn em "Poesia.br".
- A contextualização é importante, mas os cantos e mitos ameríndios são textos de grande beleza e interesse, e sobrevivem por si - argumenta Cohn. - Também podemos divulgá- los a um público mais amplo, não só de especialistas, em livros que os tratem em par de igualdade com a nossa tradição literária. Sempre que a cultura ameríndia esteve em diálogo com a nossa, como no modernismo heroico, os resultados foram esplêndidos.
Esta intersecção entre a tradição literária ocidental e o imaginário ameríndio está no coração de "Meu destino é ser onça" (Record), lançado em 2009 por Alberto Mussa. Após entrar em contato com fragmentos de registros do frade André Thevet sobre a cultura indígena durante a ocupação da Baía de Guanabara, em 1550, o escritor carioca tentou reconstituir o que teria sido o texto original de uma narrativa mitológica da tribo tamoio (os tupinambá do Rio de Janeiro). O resultado é um ensaio ficcional sobre o mito tupinambá, no qual reescreve a narrativa indígena em uma forma um pouco mais "tradicional" - do ponto de vista da literatura ocidental, é claro.
- Meu propósito com "Meu destino é ser onça" foi um exercício literário, de inspiração borgeana: formar uma narrativa coesa, obedecendo um princípio impessoal e quase matemático, a partir de fragmentos de mitos, esses já constituídos de versões ocidentais - conta Mussa, vencedor do Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional em 2006 com o romance "O movimento pendular". - Todas as civilizações que optaram pela escrita fizeram isso com as suas mitologias. Reduziram tudo a livros, mataram o mito, criando a narrativa épica. Não há "progresso", evidentemente, nessa mudança. A importância de conhecer qualquer mitologia vem de uma necessidade que me parece urgente, no mundo globalizado: experimentar formas alternativas de sentir e de pensar; ou seja, procurar ser como o Outro. Só a experiência profunda da alteridade nos dá a compreensão de nós mesmos. É incrível que se fale tanto em biodiversidade, enquanto culturas humanas desaparecem.
Por se tratar dos nossos antepassados, Mussa acredita que a recuperação da mitologia indígena tem uma importância especial:
- Alguém que tenha uma avó brasileira tem grande probabilidade de descender de índios. Somos brasileiros há 15 mil anos, não apenas a partir de 1500. E ainda não temos consciência disso.
A recuperação de mitos ameríndios não é, de fato, um privilégio para antropólogos. Em "Roça barroca" (Cosac Naify), lançado em 2011, a poeta Josely Vianna Baptista transpôs para o português o mito cosmogônico da tribo indígena mbyá-guarani. Para isso, mergulhou em uma "viagem de iniciação". O trabalho de tradução/interpretação se deu depois de uma longa troca de ideias com as lideranças locais.
Ao levar os originais e um esboço da tradução à comunidade indígena de Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, Josely logo se viu cercado por moradores, que comentavam passagens dos cantos, discordavam de algumas partes do registro, aportavam e explicavam variantes, numa reunião coletiva de revivificação do mito.
- É admirável e trágico o modo como os guarani, depois de séculos de opressão, conseguem sobreviver à margem da barbárie contemporânea - observa Josely. - Olhando a névoa, a nuvem, o orvalho, o alento do roçado em que respira a neblina vivificante, eles vêm mantendo com dificuldade seu tekoha, onde praticam o teko ("modo de ser") de seus antepassados, enquanto buscam preservar, na pouca terra que lhes restou, a natureza e a "fala indestrutível" (ayvu marã'ey) que os deuses deixaram aos seus cuidados.
Como não é antropóloga, Josely faz questão de destacar que seu trabalho no livro foi essencialmente como poeta. O que não a impediu de descobrir a ligação sagrada dos índios com a palavra e com a natureza. Os cantos cosmogônicos mbyá-guarani, explica a autora, são repletos de "palavras-montagem", assonâncias, paronomásias e onomatopeias - mimetizando o mito de que houve, no início dos tempos, um ruído portador da sabedoria da natureza, um som do cosmos se engendrando através da "linguagem fundadora".

Outro olhar do genocídio
No que diz respeito à questão ambiental, ela também cita uma tradição dos mbyá-guarani digna de nota: a reciprocidade.
- Eles acreditam que para que as árvores produzam bons frutos elas têm de ser plantadas por outros. Ou seja, deixadas para quem está vindo.
Além de uma ligação direta com um Brasil imemorial, as narrativas ameríndias são uma oportunidade de ver a história oficial por outro ângulo. Em seus cantos, os marubo relatam seus contatos com os Incas. Por sua vez, os povos falantes da língua maxacali, hoje pertencentes a um grupo de cerca de 1.300 pessoas distribuídas por Minas Gerais, apresentam suas origens de uma forma diferente da registrada por historiadores e viajantes brancos.
O vasto corpo místico-musical compilado nos livros "Cantos e histórias do Gavião-Espírito" e "Cantos e histórias do Morcego-Espírito" (ambos publicados pela Azougue) traz uma narrativa nada derrotista do encontro com os ocidentais. Na verdade, os brancos fazem apenas uma pequena aparição no mundo deles - pelo menos, se comparada com os contatos com povos-antas, povos-formigas, povos-papagaios e outros seres fantásticos. O ocidental foi - e ainda é - apenas uma classe de seres "com os quais as alianças ainda não são possíveis", lembra a antropóloga Rosângela Pereira de Tugny na introdução do livro.
Relatos sobre o genocídio indígena ainda não estariam sendo ouvidos com a devida atenção, de acordo com Idelber Avelar, professor titular de literaturas latino-americanas em Tulane University, de Nova Orleans. Ele vê hoje um número respeitável de estudos sobre o tema, mas lembra que o país ainda está "muito longe de realmente ouvir o que há que se ouvir".
- Há um conjunto de narrativas ameríndias muito menos palatáveis para a cultura dominante brasileira e que permanecem sem serem ouvidas adequadamente - avalia. - Refiro-me às narrativas sobre o genocídio americano ou sobre a situação presente de povos como os guarani. Quando o relato sai do passado imemorial do mito e passa a dar testemunho das atrocidades acontecidas ou presentes, é sensível o mal-estar no leitor do Centro-Sul. Nesse sentido, as narrativas ameríndias permanecem tão excluídas quanto eram antes.
Cesarino defende a recuperação destes mitos nos dias de hoje.
- As pessoas com poder de decisão no país precisam estudar aquilo sobre qual têm influência - diz. - São 500 anos de um genocídio que não é só físico, mas também espiritual. E ele ainda não acabou. É preciso sair desses dois lados da ambivalência: nem mitificar os índios, nem ignorá-los. Apenas saber quem são e conseguir entendê-los.


ENCICLOPÉDIA AMERÍNDIA

NARRATIVAS E CANTOS. Oriundos de uma tradição oral, revelam as cosmologias e a memória coletiva, além das características comunitárias de cada etnia. São sua literatura, ciência, filosofia, história, religião e medicina. A transmissão não é estanque: ao longo dos séculos, são revistas e aumentadas pelas novas gerações. A documentação destas narrativas começa a ser realizado de modo mais sistemático no século XIX. Depois de viajar pelo Brasil entre 1816 e 1819, o historiador francês Ferdinand Denis falou de uma poesia indígena "primitiva, jamais levada à escrita e que nem por isso oferece menos belezas de primeira ordem".

XAMÃ (OU PAJÉ). Feiticeiro e curandeiro dos povos, faz a mediação entre os espíritos. Como uma espécie de diplomata, pode "voar" entre diferentes mundos e transmitir as falas e cantos dos espíritos de animais e árvores para o resto da aldeia. Na Amazônia, um xamã obtém seus cantos dos espíritos destes elementos, que são imortais, mais sabidos e belos do que nós, os viventes. O xamanismo pode ser pensado como um "ideal de conhecimento".

PERSPECTIVISMO AMERÍNDIO. Teoria antropológica que procura explicar como os ameríndios concebem suas relações com animais, plantas e espíritos - pensados por eles como sujeitos plenos, com consciência e pontos de vista próprios. É como se cada uma das espécies da Terra visse a sua própria espécie como humana. O homem deixa de ser o centro do mundo e a medida de todas as coisas. O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro define como "a concepção segundo a qual as diferentes subjetividades que povoam o universo são dotadas de pontos de vista radicalmente distintos".

PARA SABER MAIS

LEITURAS

MITOS E LENDAS DOS ÍNDIOS TAULIPANG E AREKUNÁ (1916), DE THEODOR KOCH GRUNBERG. As observações e relatos de viagem do etnologista e explorador alemão, que passou diversas vezes pelo Brasil a partir de 1896, é uma importante fonte para estudo dos mitos e lendas da Amazônia. Neste livro, ele transcreve o mito de Makunaíma, que inspirou o clássico modernista de Mario de Andrade.

O CRU E O COZIDO (1964), DE CLAUDE LEVYSTRAUSS.
Este clássico do pai da antropologia reúne narrativas de povos sul-americanos diversos, apresentando a teoria de que os mitos ameríndios formam uma estrutura de pensamento.

A FALA SAGRADA (1974), DE PIERRE CLASTRES.
O autor trata da cosmogênese guarani e de sua metafísica que expõem uma relação fundamental entre linguagem e terra.

MEU DESTINO É SER ONÇA (2008), DE ALBERTO MUSSA.
O livro tenta restaurar um suposto ciclo narrativo dos tupinambá.

CANTOS E HISTÓRIAS DO GAVIÃO-ESPÍRITO E DO MORCEGO-ESPÍRITO (2009), ORGANIZAÇÃO DE ROSÂNGELA PEREIRA DE TUGNY.
Os dois volumes trazem centenas de cantos dos maxacali. No primeiro, nos apresenta o povogavião- espírito, um ancestral que, nascido da transformação com um homem, retorna do céu para cantar com os homens e mulheres da aldeia. O segundo traz o canto e a presença do povomorcego- espírito, importante povo-xamã solicitado em rituais de cura da aldeia.

ROÇA BARROCA (2011), DE JOSELY VIANNA BAPTISTA.
Traduz para o português (em edição bilíngue e em forma de poemas) o mito cosmogônico da tribo indígena mbyá-guarani.

POESIA.BR (2013), ORGANIZAÇÃO DE SERGIO COHN.
Um dos 10 volumes da antologia é dedicado exclusivamente à cantos arawete, bororo, kashinawa, marubo, mbya guarani e maxakali.

QUANDO A TERRA DEIXOU DE FALAR (2013), ORGANIZAÇÃO DE PEDRO DE NIEMEYER CESARINO. Uma reunião dos cantos míticos dos marubo, com seus complexos entendimentos e concepções de tempo, espaço, e "pessoa".

O Globo, 30/07/2013, Amanhã, p. 12-19

http://oglobo.globo.com/amanha/cantos-milenares-narrativas-dos-povos-da-floresta-9273494
Índios:Questão Indígena

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