A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) emitiu nota nesta quinta-feira para prestar esclarecimentos sobre a situação dos índios maxakali, de Minas Gerais. Despacho da Agência Estado da última quarta-feira noticiava alerta do Ministério Público Federal sobre a situação de abandono daquela tribo indígena.
A assessoria da Funasa diz que o coordenador Regional do órgão em Minas Gerais, Ronaldo Cerqueira Lima, se reuniu no MPF de Governador Valadares para discutir sobre o andamento da situação dos indígenas.
Segundo a Agência Estado, o MPF realizou inspeção em aldeias maxacalis no Vale do Mucuri e constatou uma situação de abandono e miséria nas comunidades indígenas localizadas nos municípios de Bertópolis, Santa Helena de Minas, Pavão e Machacalis, que concentram cerca de 1,5 mil pessoas. Um relatório apontou que os maxacalis convivem com o alcoolismo e péssimas condições de saneamento. A visita foi feita após a morte de quatro crianças da etnia durante um surto de diarréia aguda.
Sobre o surto de Doença Diarréica Aguda (DDA) entre os indígenas, a Funasa diz ter tomado todas as medidas que estavam ao seu alcance para evitar a ocorrência de novos óbitos, enviando profissionais da área de saúde para atuar em conjunto com os hospitais e laboratórios da região, caminhão-pipa para abastecimento suplementar emergencial de água potável, limpeza e desinfecção de reservatórios e redes de distribuição de água e disponibilização gradativa de 600 cestas básicas.
A Funasa, diz a nota do órgão, informa que 70 módulos sanitários foram adquiridos e serão distribuídos nas aldeias, faltando definição dos locais de instalação. A entidade diz que negocia uma parceria de cooperação técnica para execução de um sistema de abastecimento de água (captação, tratamento e distribuição) para todas as aldeias Maxakali.
A Funasa informa que solicitou junto ao Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Funasa (Densp) a liberação de R$ 2 milhões pra aquisição de novos módulos sanitários, o que seria o suficiente para atender 100% das necessidades de todas as etnias indígenas em Minas. O prazo previsto para as ações é de oito meses a um ano.
Segundo a Funasa, as prefeituras municipais de Bertópolis e Santa Helena de Minas se comprometeram a fazer a retirada de lixo nas aldeias Vila Nova, Cachoeira e Água Boa sendo que o órgão, por meio da Core/MG, fará gestão junto a esses municípios para que os serviços sejam implantados imediatamente.
PIB:Leste
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