Polícia Federal monitora a Reserva Indígena Sararé

Diário de Cuiabá- http://www.diariodecuiaba.com.br - 17/03/2016
A área da Reserva Indígena Sararé, que fica cerca de 80 km de Pontes e Lacerda (442 km de Cuiabá), está sendo monitorada, pois há informações de que no local existe uma nova formação de garimpo ilegal. A Polícia Federal confirmou ao DIÁRIO de que há uma força-tarefa na região, para monitorar possíveis crimes ambientais.

Além da PF, estão atuando na área a Fundação Nacional do Índio (Funai) - que teria recebido a denúncia da instalação do garimpo -, além da Polícia Militar e Ibama. O monitoramento começou na última segunda-feira.

"O trabalho da PF, na verdade, é levantar as áreas que estão sendo exploradas. É uma ação preliminar, mas não temos mais detalhes", destacou a assessoria do órgão.

Na denúncia recebida, foi relatado de que pessoas estariam explorando as terras de áreas de preservação, bem como de áreas indígenas. O primeiro flagrante aconteceu na região de Sararé.

Segundo a imprensa local, a ação preliminar já resultou na prisão de nove pessoas na última terça-feira. Foram oito homens e uma mulher. O grupo estava com diversos materiais de garimpagem. Eles teriam declarado ainda, que chegaram na região após a desocupação do garimpo ilegal da Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda.

A formação de garimpo na área indígena não é novidade. Inclusive, em 2013, o Ministério Público Federal (MPF), chegou a denunciar 14 pessoas por explorar outro dentro da terra dos índios de etnia Nambikwara. O local, segundo o IBGE em 2010, possui 67,4 mil hectares e possui um total de 212 pessoas, sendo 141 declarados índios.

A Polícia Militar da região foi procurada para confirmar as prisões, bem como os fins tomados, mas não obteve retorno. Já no que diz respeito ao garimpo fechado na Serra do Caldeirão, a PF informou que a Força Nacional ainda está monitorando a área.


Liberdade e autorização


Ainda nesta semana, os garimpeiros Danilo Lezier e Sebastião José dos Santos, que foram presos por extração e comercialização ilegal de ouro na Serra do Caldeirão, foram soltos por meio de um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF).

Já a empresa de mineração Santa Eliana conseguiu a autorização para explorar a mesma região, mas com fins acadêmicos em pesquisa de mineração. A confirmação foi do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A autorização vale por três anos e depois disso, um relatório sobre a pesquisa deve ser apresentado.



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PIB:Oeste do Mato Grosso

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